Mesmo não sendo espectador habitual de novelas, tenho acompanhado com muito interesse esta última novela da TVI. Sei reconhecer que a novela tem, como é costume, demasiados episódios, que a história se arrasta durante meses sem que a narrativa progrida verdadeiramente, que o vilão está envolvido numa quantidade tão grande de falcatruas que tornam o enredo inverosímil. Mas é, apesar de tudo, uma novela bastante peculiar. Será que o Governo esteve envolvido no negócio da compra da TVI?
Sobre os protagonistas, é forçoso dizer-se que o primeiro-ministro faz um papelão. Ainda ninguém percebeu se ele estava a mentir quando disse desconhecer o negócio, o que é bem revelador do seu talento para a representação.
Normalmente, este tipo de novelas dura indefinidamente, até que o aparecimento de uma nova novela faz com que se deixe de falar nelas.
As comissões de inquérito, constituindo embora um recurso narrativo pouco original, costumam redundar em espectáculos divertidos. Funcionam como uma espécie de comic relief da acção principal. Normalmente, toda a gente está lá a rir. Há dias, pelo que foi dito, andava por uma dessas comissões um palhaço. Prevejo uma subida nas audiências.
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